quinta-feira, 12 de março de 2009

Saul Steinberg e os táxis de NY: para Mário Vale, com carinho...

Taxi é cartum na capa da New Yorker: Barry Blitt

Papo no Táxi

Outro dia precisei tomar um táxi às pressas. Estava chovendo, frio, era de manhã cedo. Entrei no carro meio estressada, achando que tinha esquecido a agenda e o celular, mas estava tudo na bolsa - respirei aliviada.

O motorista começou a se desculpar: "Olha como estou todo sujo, me desculpe. A caixa d'água de um amigo transbordou e ele pediu ajuda", explicou. "Se eu posso ajudar, ajudo."

Ele contou que foi à casa do amigo, um taxista indiano, e que depois de resolver o problema ficou com as mãos coçando: "Embaixo da caixa d'água tinha um material estranho, fiquei assim, me coçando".

Perguntei se ele teria tempo de voltar para casa antes do próximo serviço. "Não". Sugeri que depois de me deixar ele parasse em um pub para lavar as mãos - sei lá, de repente, aquele material era tóxico...

Aí ouvi a pergunta obrigatória: "De onde você é?"

"Brasileira", respondi. E para evitar os clichês de sempre (futebol, praia, samba...), devolvi rápido "E você?"

Ele era de Kosovo. A conversa mudou.

O motorista tinha lutado ao lado do Exército para a Libertação de Kosovo (ELK) contra a repressão do temido líder sérvio Slobodan Milosevic. Ná época, tinha vinte e poucos anos. Hoje tem 34.

Fui fazendo mil perguntas. Não, ele não sofria de estresse pós-traumático. Não tinha muitos pesadelos. Sim, tinha perdido seis pessoas da família. Tinha visto coisas horríveis. Coisas horriveis, que ele não queria nem lembrar.

Os sérvios tinham o terceiro maior exército da Europa, por isso tinha demorado tanto para o mundo intervir - ele explicou.

Eu tinha lido coisas chocantes. Um relato pessoal de um homem que sobreviveu à execução de milhares de bósnios muçulmanos na cidade de Srebrenica, em 1995. "Ele foi salvo pelo corpo do próprio sobrinho adolescente, que absorveu o impacto da bala e caiu sobre o tio", expliquei.

"Não me conte, por favor, não posso ouvir essas histórias, não aguento", pediu.

Quando chegamos ao meu destino, expliquei que tinha um problema no olho e pedi que ele parasse bem pertinho da porta. O motorista deve ter dito uns cinco "Deus te abençoe" daquele momento até eu sair do carro.

"Você tem troco para 20 libras?", perguntei. "Tenho. Eu tenho muito dinheiro". Comecei a rir. "É verdade, tenho um monte de dinheiro. E vai dar tudo certo, você vai ver. God bless you".

Saí do carro de alma leve.

Será que, com essa depressão econômica, as pessoas vão redescobrir o valor do coletivo? O aconchego de uma causa, o alento de estarmos todos no mesmo barco?
Espero, muito, que sim.
(Monica Vasconcelos 27/01/2009)

História do Táxi

História do Táxi



O táxi é um veiculo utilizado para realizar transporte de passageiros de um local para o outro, sua história apareceu realmente quando foram aplicadas e regularizadas as taxas à sua utilização de taxímetros.

Contudo, o serviço de transportar pessoas numa grande cidade a qualquer pessoa que o solicite é quase tão antigo como a civilização. O primeiro serviço desses género apareceu com a invenção do riquexó — carro de duas rodas puxado por um só homem. Existia, embora em pouca abundância, nas principais cidades da Antiguidade, mas era exclusivo das elites, que possuiam escravos para puxar esses carros.

(Do link: http://www.taxi-br.com.br/index.asp)

Nas ruas da Roma Antiga, circulavam liteiras transportadas por dois ou quatro escravos que levavam quem quer que os solicitasse. Essa pessoa teria de pagar apenas o preço previamente estipulado pelo amo desses escravos. Apesar de já existirem veículos com rodas, os "táxis" romanos não os utilizavam devido às movimentadas vias de comunicação da metrópole.

Depois da Queda do Império Romano do Ocidente, os carros e carruagens começaram a desaparecer das grandes metrópoles, tal como a sua população, que foi para o meio rural à procura de subsistência. Este acontecimento ditou o fim dos serviços de transporte público e privado.



Na Idade Média o transporte de pessoas era assegurado por carruagens muito rudimentares de tracção animal, que no Renascimento foram melhoradas tendo sido acrescentados ornamentos, cobertura e até cortinas. Em 1605, apareceram em Londres as primeiras carruagens de aluguer — as hackney.



O sucesso foi tanto que, em 1634, o elevado número de carruagens de aluguel fazia com que as principais ruas da metrópole ficassem completamente engarrafadas, o que levou o Parlamento a limitar o número de carruagens a circular. Mas não só em Londres havia problemas de tràfego por causa de carruagens de aluguer; também em Paris, primeiro os corbillards e depois os sociables, fizeram um estrondoso sucesso no séc. XVII.

Já nos finais do mesmo século, surgiram na Alemanha os inovadores landau e os landaulet (versão reduzida do Landau). Posteriormente, no séc. XVIII, foi criado o gig em França, que deu origem ao tilbury em Inglaterra e posteriormente ao cabriolet. No séc. XIX já qualquer grande cidade tinha centenas, ou mesmo milhares de carruagens de aluguel

Taxófilo: o novo site verde do Guz!

Em breve lançarei o site verde TAXÓFILO,

que existe hoje sob a forma desse blog:

Confiram a minha proposta.
As pessoas podem até ter dez carros,
afinal a economia é baseada absurdamente nisso.
Mas podem ser mais inteligentes pouquinha coisa e,
durante a semana, deixarem--nos (eles, os carros, sô!)
nas respectivas garagens e utilizarem os táxis,
um transporte coletivo barato, mas discriminado.

Mineiro em Belzonte só pegava táxi (buicks cheirando Detroit)
para ir à Estação pegar o trem, há 60, 50 anos atrás.
Dessa épóca em diante permanece a lenda
de que táxi é um transporte caro.
Não é não, pois faço isso há pelo menos 4 anos.
E quando ganhei a Bolsa-Ditabranda estadual
- Ditabranda, ex- Ditadura, segundo agora quer a Folha -
(Itamar, você era tupetudo mesmo!),
eu pensei seriamente em comprar um carro.
Fiz as contas, e deu taxi dez a zero!

A maior economia é a indireta,
pois é notório e sabido que curar-se de estresses
(veiculares, no princípio, mas psico-estressantes
no acúmulo inexorável , diário, amplo, e irrestrito
de nossas vias congestionadas)
é um processo dispendiosíssimo,
que envolve psicanalistas, quiropráticos,
gurus de auto-ajuda, iogues formados na Índia de Sabará,
remédios de faixas campeãs e pretas,
e caso extremo em se referindo a casais estressados,
a solução final e caríssima: um ADVOGADO !

É bom para o meio ambiente
e diminue o efeito-estufa nas contas-correntes.

O nome advém de
-filo sufixo ( do grego philos: que gosta; que ama; amigo )
(significa amigo ou partidário ) e
como não tinha táxi na Grécia antiga,
mas se tivesse, seria chamado taxos, né, não?

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Vai de Taxi

O tom imperativo dos usuários de micro ônibus de São Paulo me assusta.
Como todos sabem, esses pequenos coletivos são os remanescentes das antigas “Peruas”.
As vans clandestinas que rodaram por muitos anos na capital. E como descendentes diretos, alguns costumes, como costuma acontecer permaneceram. Engraçado como a sociedade cria preceitos e são seguidos por um tempo e por um povo, mesmo depois da invalidade destes. Conta-se que em Roma, as pessoas ainda curvavam-se em honra ao Imperador, mesmo depois de muitos séculos da derrocada do Império.
Hábitos, como gritar o trajeto da lotação, mesmo havendo uma placa indicativa. A presença irreverente, quase lúdica do cobrador; a vontade insana de correr, saltar sobre lombadas, matar pessoas e concorrer com ônibus. Mas a principal herança que as ancestrais Kombis nos deixaram foi a flexibilidade de desembarque, ou seja, você pode descer onde quiser.
Sou totalmente contra, afinal lugar de parada é no ponto, mas enfim. Às onze da noite, em frias noites e em lugares obscuros, eu perdôo. E confesso que até faço uso desse artifício prático. Mas alguns excedem-se. Qualquer lugar se torna referência de parada. “Escadinha desce!” Como assim “escadinha desce”? Orelhão, por favor, clamam os educados. E daí varia-se: lombada desce, pixação a frente desce (???), no toldo azul, no cachorro a frente, desce; na esquina, na valeta, na fiação, na viela (EU!rsrsr). Daí o infeliz do motorista tem de decorar todo o percurso e suas variantes. A incidência da luz e as fases lunares influem um pouco. E quando ele, contudo, esquece de parar no local indicado, do fundo vem um grito aterrador: na escadinha, idiota! E vários xingamentos são expelidos. Me perdoem as feministas, mas as mulheres são as mais escandalosas. Tem uma loira que invocou até a mãe do motorista. Imaginem como. Uma noite, ouvi a até a palavra caralho, invocada com ira. O ofendido, calado, resigna-se.
É tão passivo quanto eu, no banco. Ele rememora o caminho a ser seguido e as possíveis paradas, uma alusão a jornada da vida e, eu, sugestiono, em silencio, apaziguador: “vai de táxi”!

Para ajudar o turista: frases em Português...

En la calle
- Por favor, poderia me dizer?: ¿Podría decirme...?
- Pode me ajudar por favor?: ¿Podría ayudarme, por favor?
- Muito obrigado: Muchas gracias
- Eu lhe agradeço muito / Muito agradecida(o): Se lo agradezco mucho
El tiempo
- Hoje está um dia lindo: ¡Hace un día precioso!
- Faz calor / Está quente: ¡Hace calor!
- Faz frio / Está frio: Hace frío
Viajes y direcciones
- Por favor, preciso de uma passagem de ida para...: Necesito un billete (sólo ida) ...., por favor.
- Que horas saí o próximo ônibus?: ¿A qué hora sale el próximo autobús?
- Quanto custa uma corrida de táxi ao centro da cidade?: ¿Cuánto cuesta un taxi al centro?
- Onde posso encontrar um ponto de táxi?: ¿Dónde puedo encontrar un taxi?
- Eu perdi minha mala/bagagem/sacola: He perdido mi maleta...
- Pode me dizer como ir a/ao...: ¿Podría decirme cómo llegar a ...?
- Acho que estou perdido(a): Creo que me he perdido
En un restaurante
- O que os senhores(as) querem comer?: ¿Qué te gustaría comer?
- Qual é a entrada/ prato principal/ sobremesa?: ¿Cuáles son los platos principales?
- O menú de sobremesas, por favor: Por favor, la carta de postres.
- Vocês têm um menú de vinhos?: ¿Tienen carta de vinos?
- Me traz a conta, por favor?: La cuenta, por favor.
De noche
- Saímos esta noite?: ¿Te gustaría salir hoy por la noche?
- Aonde nos encontramos?: ¿Dónde nos vemos?
- Você quer tomar alguma coisa?: ¿Quieres algo de beber?
- Você quer dançar? Você dança?: ¿Quieres bailar?

Horários de Bandeira 2 em BH, Recife,RJ,Salvador, Vitória

Cidade Horários de Bandeira 2
Belo Horizonte De segunda à sexta-feira entre 22:00 e 06:00 horas, aos sábados a partir das 14:00 horas, e nas 24 horas dos domingos
Recife Das 22h às 6h.
Rio de Janeiro 21:00 às 06:00 (segunda-feira a sábado) e nos domingos e feriados.
Salvador Nos dias úteis, das 22 horas às 6 horas; aos sábados, a partir das 14 horas; nos domingos e feriados durante as 24 horas.
Vitória Domingos, feriados nacionais e das 22h às 6 horas.
* Fontes: STTU, GECOP, Agecom, CTTU - Taxímetro Online, um serviço gratuíto

www.precodotaxi.com: saiba de antemão o preço e o trajeto do táxi...Sensacional!

Taxímetro Online

Seja bem-vindo ao Taxímetro Online, um serviço gratuíto de realização de "estimativa" do valor a ser pago por uma corrida de táxi. Vale ressaltar que é apenas uma "estimativa", pois, o preço total da corrida vai ser proporcional não somente à distância percorrida como também ao tempo parado no trânsito.
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Andar de táxi ou manter um segundo carro, o que custa mais?

Andar de táxi ou manter um segundo carro, o que custa mais?

Por: Equipe InfoMoney
22/07/08 - 15h52
InfoMoney
Fonte: http://web.infomoney.com.br//templates/news/view.asp?codigo=1230645&path=/suasfinancas/

SÃO PAULO - De acordo com levantamento do Cefipe (Centro de Estudos de Finanças Pessoais e Negócios), manter um segundo carro pode custar R$ 10 mil a mais por ano, em comparação com andar de táxi.

O estudo, ao considerar um carro no valor de R$ 40 mil, calcula que seu custo mensal supere os R$ 1.900. Por esse mesmo valor, ainda segundo o Cefipe, é possível andar de táxi, realizando o mesmo trajeto rodado pelo carro particular, economizando mais de R$ 900 por mês.

Cálculo equivocado
Segundo o centro de estudos, poucos percebem essa grande economia, pois a maioria das pessoas considera apenas o combustível, o seguro, a manutenção e os impostos no cálculo do custo do segundo carro próprio.

É necessário acrescentar à conta uma série de outros fatores, como a depreciação do automóvel e o que o proprietário ganharia se a mesma quantia estivesse investida no banco.

"Andar de táxi é mais seguro e barato do que ter que pagar IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), gasolina, seguro e outras despesas", afirma o presidente da Adetax (Associação das Empresas de Táxi de Frota do Município de São Paulo), Ricardo Auriemma.

Confira a tabela abaixo com os itens e seus respectivos gastos, no caso de um segundo carro e de um táxi:



Fonte: Cefipe (Centro de Estudos de Finanças Pessoais e Negócios)


Modelos compactos
Segundo a Molicar, é preciso ter cuidado com o cálculo, pois ele varia de acordo com o modelo do segundo veículo. No caso de automóveis de luxo, a comercialização é voltada ao status e design atualizado, tendendo de fato a uma depreciação considerável e a baixa procura pelos modelos usados.

Mas, em se tratando de veículos compactos, como os "populares" e as pickups de modelos leves, a depreciação não é grande, chegando no teto de 6% ao ano.

No primeiro caso, a grande ressalva refere-se à variação do mercado: se surgir um compacto mais barato, o preço do usado pode depreciar em níveis maiores. Em contrapartida, se o modelo aumentou de preço até o momento da venda, o usado acompanhará essa alta.

De qualquer forma, os "populares" tendem a atrair o interesse do mercado. Se for uma pickup, então, a venda é certa, pois há um grande interesse das transportadoras de pequeno e médio porte.

Seria recomendável a aquisição desses últimos modelos, de acordo com a Molicar, pois a utilização de táxis pode trazer problemas quanto à sua disponibilidade para corrida.

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Comentário do Maurício: eu não tenho nem "primeiro carro". Na minha realidade atual, táxi + transporte público são a melhor opção.
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"Cada Real investido é um servo fiel que trabalha dia e noite para você."
futurofinanceiro.org

Jards Macalé e o táxi

Tem um papel higiênico de tanta merda que se ouve no rádio. Porra, desliguei o rádio! Eu, que gosto de música, desliguei o rádio. Eu só ando de táxi. Entro e digo assim: "Amigo, por favor, desligue esse rádio". O cara, “Pô!”. “Desligue o rádio!” E depois... "Amigo, por favor, desligue esse ar-condicionado que faz mal para a garganta. Bactérias à vontade, tudo fechado. Já fui hospitalizado por causa de uma bactéria dessa no início do ano. Então, não quero mais andar com bactérias no bolso. Por favor, desligue." Aí, mal-humorado, desliga. "Agora, ande a 40 km só pra eu sentir o ventinho." O cara pira, enlouquece. Ele só não me expulsa do carro porque as distâncias são relativamente longas, porque ele vai perder um dinheirinho. Mas que ele fica muito puto, fica. Tem uns que dizem: "Não, tudo bem, seu Jards, pode, inclusive, fumar".

Ele só anda de taxi, também

O MAIS SOLITÁRIO DOS HOMENS


Enquanto houver esperança, eu só ando de táxi. Andar de táxi é ter o conforto do chauffeur (na minha geração ainda se usa essa palavra?) sem o constrangimento da ostentação. Tenho uma ligeira sensação de que estou sendo invasivo, afinal estou sentado durante um tempo no local de trabalho daquele sujeito. É como se eu entrasse na baia de um escritório e ficasse durante quinze minutos olhando um arquiteto trabalhar. Eu me sentiria na obrigação de ao menos perguntar “essa aí do porta retrato é sua filha? Fofa.”, pra não parecer um desagradável. Por isso sempre converso com os taxistas. E, lá no fundo, enquanto escuto ele comentar o tempo e o ar-condicionado quebrado que a peça do conserto é uma fortuna, espero sempre que me seja oferecido um mero cafezinho
(Fernando Ceylão - Ator, autor e diretor)

A compra do carro e as desculpas esfarrapadas

A compra do carro e as desculpas esfarrapadas
Publicado por Conrado Navarro em 08.09.2008 na seção Negociação, Orçamento

Hoje vamos falar de um assunto que causa bastante polêmica entre as famílias brasileiras, especialmente aquelas dominadas por pessoas com certo imediatismo e que adoram aproveitar sua “liberdade” financeira para participar do consumismo presente no dia-a-dia do país: será que um segundo carro, ou a troca imediata de um novo por outro modelo, são atitudes inteligentes? Isso pode ser considerado investimento?

Tratar da compra de um automóvel é assunto que sempre me traz muitos problemas. Por que? Ora, a matemática aplicada aos recursos disponíveis pelas famílias comprova, em muitos casos, que a compra do carro não é uma atitude saudável. Em alguns casos, tal gasto não é sequer necessário. Mal termino de demonstrar os efeitos da compra e os ruídos começam.

A fala ensaiada “Mas o crédito hoje em dia facilita a compra do carro. Afinal, agora podemos parcelar usando juros mais baixos e através de prestações também mais em conta” é uma das preferidas dos jovens loucos para ter um carro. O apelo “Usar o transporte público e andar de bicicleta são atos que envergonham meus filhos e acho que as prestações cabem em nosso orçamento” também é comum. Certo, mas o que fazer? Como encarar a situação?

É possível deixar as emoções de lado?
Sofro muito mais com o aspecto emocional, com a repercussão e expectativa, que com as contas e cálculos financeiros. Você, ser humano como eu, vive do mesmo jeito. Assim, é sempre muito fácil refutar as hipóteses e modelos de orçamento propostos por aqueles que optam por adiar a realização de um sonho. É fácil falar que poupar é bom, especialmente quando não vivemos na pele o desejo de consumir.

Então isso significa que quaisquer provas matemáticas que usarmos para ilustrar a potencial evolução patrimonial existente nas famílias que aceitam deixar de lado o consumismo serão meramente um exercício? Tomara que não. Aliás, ainda bem que não. A discussão sobre a aquisição ou não do carro atingiu em cheio o leitor Valdemar Engroff.

Primeiro carro? Segundo carro? Como assim?
Permita-me contextualizar os exemplos e o raciocínio. Você tem um carro novo e decidiu comprar outro carro logo em seguida? Mesmo que use o seu carro como entrada, está incutindo na compra de um segundo veículo. Segundo porque você já se esforçou para ter outro, já teve gastos e depreciação. Segundo porque fica a dúvida: será que vale a pena fazer a troca?

Ah, sim, você pode querer aumentar a frota e estacionar mais um automóvel em sua garagem. Deixando as emoções e as razões sociais e subjetivas que o fizeram entrar no novo negócio, este texto pretende alertá-lo no sentido de analisar a questão sob a ótica do planejamento financeiro futuro, do investimento para o futuro.

A história do leitor
Valdemar comprou um carro em 2003 e logo em 2004 já o trocou por outro modelo zero-quilômetro. Naquela época, decidiu anotar parte dos gastos que o automóvel começou a lhe trazer, criando uma extensa planilha com informações de abastecimento e manutenções. Hoje, quatro anos depois, ele se questiona sobre a real necessidade da troca. Hoje, ele tem objetivos.

A conclusão é que ele gastou uma bela grana nestes quatro anos (mais de R$ 20 mil se contabilizadas despesas gerais, combustível, impostos e manutenção), além da depreciação do primeiro carro (que ainda era novo) e do esforço em poupar para completar a diferença para o novo modelo adquirido um ano depois. Será que valeu a pena? Com a palavra, Valdemar:

“Confesso que estou ficando desanimado, pois, desde outubro de 2004 até o dia 29 de agosto deste ano (última abastecida), adquiri exatos 5.825 litros de gasolina (cerca de R$ 15 mil). Fico imaginando: se este valor tivesse sido aplicado com foco, em um produto financeiro, como renda fixa, previdência privada ou ações, quanto teria hoje?”
A consciência financeira
O depoimento de nosso caro leitor é importante por duas questões fundamentais, por ele vividas e compreendidas:

A questão da compra ou troca de um carro deve levar em conta os planos e objetivos da família, o que pode mudar drasticamente a decisão;
Por consequência, as atitudes de analisar a situação, simular e buscar conhecimento permitem que tomemos decisões mais inteligentes e com efeitos mais duradouros.
Portanto, para o cidadão comum, carro não é investimento, não é ativo. Carro é passivo, é sinônimo de despesas e gastos extraordinários capazes de furar qualquer orçamento. Ah, e sem drama por favor. Isso é um alerta, não uma mensagem apocalíptica pregando a caminhada diária para o trabalho e dias de aperto no transporte público.

Se preferir, dou o recado de forma mais direta: há aqueles que, independente da oferta de crédito e do “chorôrô” da família, não podem ter um carro. Nem do mais simples e barato. Simples assim, muito embora muitas pessoas adorem vir até aqui e insistir nas patéticas desculpas que envolvem sociedade, cobrança, vergonha e orgulho. Interessante, humildade na compra do carro pouca gente gosta de discutir. Por que será?

Ainda hoje conversávamos, eu e o Valdemar, sobre a necessidade de alimentarmos constantemente nossa consciência financeira. Ele, agora por dentro de importantes conceitos e alternativas de planejamento financeiro, percebeu que sua atitude foi puramente baseada em impulsos emocionais e sociais, hoje nada relevantes diante de seus planos para a família. O carro novo (de 2004), neste caso, não teria feito tanta diferença. As coisas poderiam ter sido diferentes. E hoje são, não é mesmo Valdemar?

Dez motivos para você andar de táxi

Dez motivos para você andar de táxi
Primeiro - Você não andará por aí sozinho, falando consigo mesmo. Com um pouco de sorte, o taxista será alguém com quem você poderá trocar uma idéia.
Segundo - Caso você esteja acompanhado de mais duas ou três pessoas, a corrida de táxi pode sair mais em conta do que o ônibus. Creia.
Terceiro - Se você contabilizar o que gasta com gasolina, seguro, estacionamento, IPVA, multas e manutenção do seu carro, verá que o táxi é uma opção bem mais barata.
Quarto - Mesmo que você tenha só o dinheiro contado da corrida, ao chegar de táxi ao seu trabalho, causará a maior inveja entre os seus colegas.
Quinto - Visto que o preço de um bom psicólogo está pela hora da morte, você pode usar a corrida de táxi para uma rápida sessão de análise. Desde que o taxímetro esteja batendo, taxistas costumam ser ótimos ouvintes.
Sexto - Caso você desconfie que está sendo traído, saiba que o táxi é o melhor veículo que existe para perseguições. Só não envolva o taxista em confusão.
Sétimo - Se você está na cidade a passeio, o taxista poderá lhe dar excelentes dicas de hotéis, gastronomia e casas noturnas, sem lhe cobrar a mais por isso. A gorjeta é por sua conta.
Oitavo - Enquanto o taxista ocupa-se com o trânsito, com os azuizinhos, com os buracos, com os sinais e com a chuva, você relaxa, pede que ele sintonize uma música legal e se preocupa apenas em curtir a paisagem.
Nono - Você é uma pessoa prática, não tem tempo a perder procurando vaga em estacionamento, estudando itinerário, fazendo baldeação em ônibus. Para evitar tudo isso, vá de táxi!
Décimo - Caso todos estes motivos não sejam suficientes, leve em conta que ainda há a possibilidade de você aprontar alguma em MEU táxi e virar a história da próxima semana.
Por MAURO CASTRO

Deixar o carro em casa

Segunda-feira, dia 2 de fevereiro de 2009.

Bom, pessoal... Como todos os vícios, deixar o carro em casa também é algo a ser vencido com tempo e determinação... A máxima dos grupos de ajuda, "um dia de cada vez", pode ser aplicada... Ou então o processo de largar o cigarro usando os famosos adesivos de nicotina: diminuir o uso da droga de forma gradual, pro organismo não entrar em parafuso...rsrs...

Eu fui "provocada" a colocar o blog no ar em tempo recorde... Já vinha pensando e comentando com os amigos sobre o meu plano ja fazia algum tempo. A maior resistência que encontrei foi da minha filha de 13 anos, a Meg... Ela me ameaçou dizendo que se eu vendesse o carro e forçasse ela a andar de ônibus, ela se mudava pra casa do pai.... (Pois é. Incrível como é fácil a gente alimentar e dar abrigo pra esses "monstrinhos"...rsrs...) Comecei a experiência enquanto ela ainda estava de férias. O primeiro post foi no dia 29/01. Dia 30/01 eu comecei a usar o meio de transporte mais efetivo pra quem como eu ainda não sabe se locomover bem pelo Setor Hospitalar Norte: Chamei o serviço do táxi desconto. Tinha uma sessão de escleroterapia num edifício de clínicas lá perto do Hospital Prontonorte. Quando a gente faz a tal da sessão, não pode andar e nem dirigir. Tem que fazer repouso por 12 horas.

Chamei o táxi desconto. O tempo de espera foi de 10 minutos. Entrei no táxi. Logo no primeiro balão um Honda Fit Vermelho avançou em alta velocidade, pela faixa da direita...sabe onde tem um PARE bem grande pintado no chão, indicando que a preferencial é de quem ja está no balão? Pois é.... Eu do banco de trás, visão a que não estou muito acostumada... Gritei: "Olha que abuso!" E o motorista do táxi buzinou. Eu pude ver o motorista do Honda Fit , um homem jovem, com o celular grudado na orelha. O taxista disse: " é o tal do celular...não entendo como tem tanta gente com tanto assunto urgente que se mete a dirigir e a falar no telefone ao mesmo tempo.... Se o assunto é de vida ou morte, é melhor parar o carro... Nesse ponto acho que a lei está muito certa"... Pois é, pessoal... tem que ter atenção na hora de dirigir. Na volta, eu com as pernas enfaixadas, morrendo de dor, chamei novamente o taxi desconto. Chegaram mais rápido. Estiquei minhas pernas, dei o meu endereço gemendo e a viagem começou... Dois acidentes com motoqueiros no caminho, os dois acidentes em balões.... Motoqueiro também usa celular???

O tempo gasto no trajeto 402 Norte- Setor Hospitalar Norte foi de 15 minutos. O preço da corrida, cada trecho, 10 reais. Não paguei estacionamento, nem flanelinha, e só acompanhei os acidentes do banco de trás. Considerando que no período da manhã eu tinha usado o carro pra ir e voltar pro trabalho, posso considerar a sexta-feira passada como o primeiro dia com o adesivo de nicotina... Diminuí a dose de carro pela metade.

Sábado e domingo andei de carona. Acho que o blog está ficando popular... Ou então meus amigos achavam que dirigir ia fazer mal pras minhas pernas... Por dois dias eu ganhei do carro, pelo menos do meu, mas já é um começo.

Hoje foi um dia longo e ocupado, e o carro me ajudou: trabalho, aeroporto, escola, papelaria, loja de uniformes escolares, supermercado... Minha filha descobriu que o projeto do "A Pé" já começou. Não gostou, mas se ofereceu pra botar um link no blog que ela tem com mais duas amigas... Outro bom começo...

Só por hoje eu fui um desastre em evitar o uso do carro. Mas amanhã começo tudo de novo...rsrs

Continuem comentando! Um amigo achou um erro de ortografia. Já corrigi. Outros leitores se disseram incentivados a começar algo parecido... Este ano promete.

Bia

Pra começo de conversa, quanto custa manter um carro?

Quanto custa manter um carro?
Postado por Bruno Yoshimura, 2 de setembro de 2008
Comprar o primeiro carro é o sonho de consumo de todo jovem. Com o alongamento do prazo de financiamento e redução na taxa básica de juros, muitos conseguiram realizá-lo.

Apesar do blog falar sobre jovens e investimentos, resolvi escrever este post depois de descobrir que meu carro é o maior devorador de orçamento mensal que tenho, considerando que ainda moro com meus pais e estudo em faculdade pública.

O primeiro passo de qualquer investidor, é saber poupar. Neste sentido, vale a pena descobrir para onde está indo o dinheiro que deveria ser investido.

Os cálculos que vou fazer são da estimativa das despesas de um Gol City 1.0 Totalflex (anterior ao novo Gol), incluindo gastos anuais com seguro, IPVA, depreciação, combustível, manutenção, estacionamento e até custo de oportunidade (que iremos explicar posteriormente).

Modelo do carro: Gol City 1.0 Totalflex
Valor do carro zero: R$ 27.676,00 (?)

Gastos fixos (R$ 3.968,00)
IPVA 4% (?) - R$ 1.383,80/ano
Seguro obrigatório (?) R$ 85,00/ano
Seguro R$ 2.500,00/ano (perfil jovem)
Despesas (R$ 3.043,91)
Depreciação (5% ao ano - estimativa pelo site da FIPE) R$ 1.383,35/ano
Custo de oportunidade= R$ 1.660,56/ano
(investir o dinheiro, ao invés de comprar o carro: poupança rendendo 6%)

Gastos Variáveis (R$ 2.528,00)
Manutenção e peças (pneus, filtro de óleo e ar, pastilhas, fluídos) - R$ 750/ano
Troca de pneus a cada 2 anos = R$ 1.000,00 = R$ 500/ano
Estacionamento - R$ 150,00
Combustível - R$ 1.128,00/ano
(8km/l | R$ 1,25/l | 600km/mês)

Total: R$ 9.539,91/ano
O valor parece absurdo, mas é real. Muitos se iludem com os baixos valores mensais de financiamentos e esquecem que pagar o carro é apenas o primeiro desafio.

Como conseqüência, podemos ver o aumento na quantidade de carros vendidos com baixa quilometragem, já que muitos não conseguem arcar com as despesas mensais e financiamento do veículo.

Antes de comprar seu primeiro carro, faça as contas e veja se vale a pena. É assim que um investidor jovem deve pensar.


* Por mais assustador que pareçam esses valores, fui conservador. No meu caso, gasto mais que o dobro de gasolina, estacionamento e manutenção. Também desconsiderei que jovens tomam multas e batem o carro com mais frequência. Outro fator que ignorei é o custo de oportunidade da vaga do prédio que utilizo, já que poderia ganhar dinheiro alugando a vaga.

Crédito da foto: andrew_mrt1976’s
Ihttp://www.investidorjovem.com.br/quanto-custa-manter-
carro